Entenda por que a parceria entre Messi e Guardiola já está na história

Essa coleção de troféus representa quase metade das conquistas de cada um deles: 42,4% dos 33 campeonatos vencidos por Messi no Barça, e 48,2% das 29 taças de Guardiola como treinador. Dos seis prêmios de melhor do mundo do camisa 10, quatro foram conquistados no período em que foi dirigido pelo catalão.

Messi já tinha quatro títulos, incluindo a Liga dos Campeões de 2005/2006, quando Guardiola assumiu o Barcelona, seu primeiro clube como técnico, antes da temporada 2008/09. Sob o comando do catalão, o camisa 10 virou colecionador de taças, incluindo outras duas Champions, consolidou-se como ídolo maior do clube e um dos ícones da história do futebol.

Depois de Guardiola, Messi continuou vencendo, mas não da mesma forma avassaladora. Em oito temporadas, levantou 15 novos troféus, com quatro treinadores. Quem mais chegou perto dos números de Guardiola no Barça foi Luis Enrique, com nove campeonatos em três temporadas, incluindo a Champions de 2014/15, a última do clube.

Guardiola também deu continuidade a uma carreira de sucesso pós-Barcelona, e curiosamente também soma 15 conquistas desde então. Tirou um ano sabático, na temporada 2012/13, antes de assumir o Bayern de Munique, pelo qual venceu sete títulos em três anos, entre 2013 e 2016.

A relação de Guardiola e Messi no Barcelona ajudou a reinventar o futebol. Em maio de 2009, às vésperas de um clássico contra o Real Madrid pelo Campeonato Espanhol, o treinador mudou o posicionamento do seu ataque: Henry e Eto’o jogariam mais abertos, e Messi adotou uma nova função, que se chamaria depois de “falso 9”, um centroavante que jogaria mais fora do que dentro da área, atraindo os zagueiros para abrir espaços para os colegas de ataque, conforme o camisa 10 explicou anos depois no documentário “Take the Ball, Pass the Ball”.

O resultado daquela mudança? Uma humilhante vitória do Barcelona por 6 a 2, em pleno Santiago Bernabéu, com dois gols de Messi e dois de Henry.

Ao fim do torneio, nem o favorito da imprensa inglesa tampouco o time apontado por Guardiola confirmaram as apostas. O Barça de Messi e o City do treinador espanhol foram eliminados daquela Liga do Campeões nas quartas de final, e viram de casa o Real Madrid conquistar o título na final sobre o Liverpool.

Frustrações que se repetiram nas últimas duas temporadas, com mais contundência na Super Champions disputada este mês em Lisboa: o City foi eliminado pela zebra Lyon, e o Barça foi humilhado pelo Bayern, por 8 a 2.

O desejo de levantar a Champions League pode ser a carta na manga do City na batalha por Messi: um título sonhado pelo clube inglês para confirmar seu lugar entre os grandes do continente, e que hoje é símbolo de glórias cada vez mais distantes para Guardiola e Messi.