Os trabalhadores nos Correios em Mato Grosso entraram em greve a partir de hoje, por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato, até o meio dia, a paralisação atingiu entre 70 e 80% dos serviços nos 141 municípios de Mato Grosso.

A estimativa dos sindicalistas é que a greve provoque paralisação completa do tráfego postal e de encomendas postadas em todo o estado de Mato Grosso para qualquer destino do país como Rondonia, Mato Grosso do Sul e Acre.

Diariamente, são manipulados entorno de 500 mil objetos dia. Por causa da pandemia estavam sendo tratadas encomendas do dia três.

Durante toda a greve serão mantidos apenas os 30% dos serviços. A prioridade será os serviços essenciais, como entrega de medicamentos e insumo para vacinas. Tudo aquilo que tem relação com o que é essencial. “Não vamos deixar essa parcela da população na mão”, disse o diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso (Sintect/MT) Alexandre Aragão. Ficarão suspensos o funcionamento das agências, entrega de encomendas, contas, faturas e demais correspondências.

Na avaliação do Sindicato, a greve deflagrada hoje é considerada a maior greve na história dos correios, nos últimos 15 anos. A última grande greve tinha sido registrada em 2008 e durou 21 dias.

Naquele ano, como agora, a paralisação aconteceu em todos os estado mais o Distrito Federal.

Na pauta dos trabalhadores constam a realização de concurso público, a manutenção dos direitos já conquistados e pela não privatização da ECT.

Direitos retirados

Alexandre Aragão disse que a greve não é por reivindicação salarial, mas para manter direitos conseguidos com luta. “Não queremos nenhum aumento, queremos assegurar nossos direitos”, disse.

Das 79 cláusulas com direitos, a direção retirou 70 cláusulas dentre eles 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, em uma atitude desumana impedindo tratamentos diferenciados e que garantem melhor qualidade de vida, pagamento de adicional noturno e horas extras.

Déficit de trabalhadores

À medida que as cidades crescem, o número de funcionários diminui. “Não tem número de funcionários suficientes para fazer as entregas nos bairros e não consegue atender também nas cidades menores por falta de trabalhador, por exemplo.
O déficit de trabalhadores na empresa é grande. O último concurso foi em 2011. De lá para cá só acontecem demissões enquanto aumenta a demanda pelos serviços da empresa. “Para se ter uma ideia, em Mato Grosso já fomos 1.700 trabalhadores e hoje um pouco mais 1.200; a nível nacional eram 140 mil e hoje apenas 100 mil”, informou Aragão.

Privatização da ECT
Os Correios são, entre outras estatais, objeto de privatização embora tenha se revelado uma empresa lucrativa e com serviços crescentes devidos às compras pela internet onde a logística realizada pela ECT tem apresentadov resultado que impactam positivamente o balanço da estatal que já considerada a empresa mais eficiente do Brasil.