A Justiça tentou bloquear valores das contas de Wagner Pires de Sá e Itair Machado, mas não encontrou dinheiro em nenhuma delas. A medida ocorre poucos dias depois de o Cruzeiro conseguir uma tutela cautelar antecedente para ressarcimento de R$ 6.861.243,06 por “indenização de prejuízo”.
Segundo documentos anexados ao processo, as buscas foram feitas em oito contas mantidas por Wagner Pires de Sá em diferentes bancos. No caso de Itair Machado, foram feitas buscas em sete contas. Mas nada foi encontrado.
A vitória do Cruzeiro na Justiça
Segundo a ação de “tutela cautelar antecedente”, R$ 6.861.243,06 foi o valor total repassado pelo clube, na gestão de Wagner Pires de Sá, à empresa Futgestão Assessoria Esportiva Ltda, que é de propriedade de Itair e da esposa dele. Ainda de acordo com o documento, o pagamento era feito sob alegação de prestação de serviços, mas, na verdade, dizia respeito ao salário de Itair. Na visão do jurídico cruzeirense, o Estatuto do Cruzeiro não permite remuneração a vice-presidentes.
O vínculo, com validade até dezembro de 2019, previa repasse bruto de R$ 180 mil mensais à empresa, sendo que em dezembro seriam pagos R$ 360 mil. Na petição, a defesa do Cruzeiro também cita que o vínculo assinado em fevereiro de 2018 previa pagamento de R$ 540 mil à Futgestão, em referência a serviços prestados entre outubro e dezembro de 2017.
Wagner Pires de Sá somente tomou posse em 1º de janeiro de 2018. A defesa do Cruzeiro também anexou um documento que comprova que a empresa foi registrada na Receita Federal apenas no dia 23 de janeiro, sob a razão social de IMM Assessoria Esportiva Ltda.
No dia 30 de junho de 2018, no entanto, foi assinado um aditivo contratual, deixando expresso que seriam pagos, a partir de então, R$ 202.588,00 à Futgestão, no 5º dia útil de cada mês. O termo aditivo também previa à empresa o direito de receber o valor integral das premiações por títulos e metas, assim como eram pagos aos jogadores. (Globo Esporte)