A coisa mais surpreendente da final do Campeonato Carioca não foi o gol de Vitinho. O natural seria o Flamengo vencer a partida e, mais surpreendente, foi o equilíbrio produzido pelo Fluminense nos três jogos das finais. Mesmo que entre a decisão da Taça Rio e as duas partidas decisivas do estadual tenha havido duas vitórias do Flamengo e um empate – retrospecto revelador da superioridade rubro-negra – a maneira como o Fluminense dificultou os resultados impressionou. A opinião é do comentarista PVC.
Porque o Flamengo é muito mais time, coletiva e individualmente. O primeiro tempo da final do Maracanã mostrou isso com oito rubro-negros pressionando a saída de bola, com passes errados e seguidos da defesa tricolor, com Gérson, De Arrascaeta e Éverton Ribeiro entre as linhas de defesa e meio-de-campo.
Apesar de não ser a coisa mais surpreendente, Vitinho herói nos dois jogos decisivos do bicampeonato também é marcante. No ano passado, o troféu começou a ser conquistado na primeira final contra o Vasco, com triunfo por 2 x 0 sobre o Vasco, dois gols de Bruno Henrique. William Arão fez o primeiro gols nos 2 x 0 da segunda partida decisiva e Vitinho marcou último da campanha, digamos, o gol do título contra o Vasco.
Pois repetiu a dose contra o Fluminense. A dois minutos do fim, com um tiro mascado, que entrou pelo desvio. Tudo para Vitinho ser o homem da decisão pela segunda vez seguida.
Só não merece o título de herói, porque este Flamengo não tem heróis no Campeonato Carioca. É muito melhor do que todos os outros. (PVC/Globo Esporte)