Neymar voltou a jogar no último domingo, depois de 122 dias sem atividade e o Paris Saint-Germain goleou o Le Havre por 9 x 0, em amistoso na Normandia. Havia 5 mil torcedores, todos com máscaras e suposto distanciamento social. A França foi a única grande liga da Europa bloqueada e cancelada, apesar de protestos de clubes, como o Lyon, que alegaram prejuízo de 60 milhões de euros. O Lyon queria a preservação da saúde. Só pedia um pouco de calma antes da decisão final.
O governo francês disse que não poderia haver futebol em território francês até setembro. Ops! Domingo foi 12 de julho!!! E havia 5 mil pessoas no estádio!!!
O Lyon já se manifestou e disse que também não entendeu nada sobre as permissões. Também recebeu autorização para realizar dois amistosos preparatórios para a Champions League. Na quinta-feira, enfrentará o Glasgow Rangers e, no sábado, jogará contra o Celtic, no Parc Olympique. As duas partidas terão até 5 mil espectadores, com máscaras e distanciamento.
Há consenso entre os dirigentes esportivos franceses de que houve precipitação no cancelamento do campeonato nacional.
A outra grande contradição desta manhã de segunda-feira diz respeito ao Manchester City. A liberação pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) da punição por desrespeito ao Fair Play financeiro pode fazer sentido. O tribunal definiu que houve desproporção entre a falta de aviso do Manchester City sobre a entrada de dinheiro de seus investidores, disfarçado de patrocínio, e o tamanho da suspensão. Dois anos sem jogar a Champions pode ter sido mesmo um exagero.
Não houve nada tão absurdo e contraditório quanto o Brasil na pandemia. Mas a Europa resolveu caprichar neste início de semana. (PVC/Globo Esporte)