O deputado federal Nelson Barbudo (PL) defendeu ao HNT TV a implantação da prisão perpétua e pena de morte no Brasil. Segundo ele, a punição deveria ser aplicada a condenados por crimes contra a mulher. Barbudo acredita que um infrator capaz de cometer crimes com tais requintes de crueldade não pode ser recuperado pelo sistema penitenciário e deva ter dois destinos: ficar atrás das grades de forma permanente ou ser executado pelo Estado.
“Eu já falei e repito: eu sou favorável à prisão perpétua e a pena de morte. É um sentimento meu. Cada vez que eu vejo uma mulher estuprada, estrangulada. Eles decapitam mulheres, moças indefesas. Eles arrastam pelas ruas, como aconteceu há pouco tempo. Eu acho que a pessoa que comete um crime hediondo desse, vai deixar uma marca na família eternamente”, disse o deputado federal ao podcast do Hipernotícias.
Barbudo mencionou os casos da filha do seu correligionário, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), a empresária Raquel Cattani que foi morta à facadas a mando do ex-marido, e de Bruna de Oliveira, de 24 anos, que foi executada em uma quitinete em Sinop (a 480 km de Cuiabá) e depois teve o corpo arrastado.
“O exemplo mais clássico que temos da filha do Gilberto Cattani, do deputado estadual. O Cattani e a esposa dele, até o último dia que o olho dele permanecer aberto e a esposa, eles vão sofrer com aquelas cenas monstruosas de ver a filha 34 vezes esfaqueada”, falou.
A prisão perpétua e a pena de morte são condenações adotadas nos Estados Unidos da América (EUA), país em que o deputado federal sugere que também seja espelhada a legislação trabalhista do Brasil. Ao HNT TV, Barbudo asseverou ser contrário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6×1 – que extingue o modelo de seis dias trabalhados para um de folga e pontuou que a melhor saída para a economia do país é a remuneração por horas trabalhadas.
FIM DO “PRENDE E SOLTA”
Nelson Barbudo é autor do projeto de lei 2988/2024 que torna obrigatória a prisão preventiva em seguida da audiência de custódia para crimes hediondos como estupro, roubo, feminicídio e para reincidentes criminais. A matéria tramita na Câmara dos Deputados em regime de urgência e faz parte de um pacote contra o crime com outros dois projetos – PL 1328/2024 e o 714/2023 – que tem como objetivo inibir delitos dessa natureza e impedir o famoso “prende e solta”, além de garantir a segurança das vítimas.
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