A existência de um Sol zumbi pode colocar a Terra em risco em algum dia. Pelo menos foi isso que os cientistas identificaram.
Um estudo realizado por cientistas das Universidades de Warwick, no Reino Unido, e Naresuan, na Tailândia, indica que se a Terra não for consumida durante a fase de máximo solar, poderá ser dilacerada quando o Sol se transformar em uma gigante vermelha e eventualmente colapsar para se tornar uma anã branca.
Cientistas das Universidades de Warwick, no Reino Unido, e Naresuan, na Tailândia, estão levantando preocupações sobre o futuro distante da Terra em relação ao Sol.
De acordo com suas análises, existe uma sugestão preocupante de que um dia a Terra poderá enfrentar sua destruição quando o Sol se expandir para se tornar uma gigante vermelha.
Mesmo que o planeta sobreviva a essa fase, os cientistas alertam que se tornará completamente inabitável devido às condições extremas causadas pelo Sol em seu estágio evolutivo.
Perigos aumentam
Os perigos não param por aí. Os cientistas apontam que os riscos de uma destruição total aumentam significativamente quando o Sol evoluir para o estágio de anã branca, conhecido como uma “estrela morta”.
As anãs brancas têm uma gravidade extremamente alta, capaz de desintegrar os corpos celestes ao seu redor em poeira cósmica.
Essas descobertas foram publicadas na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, destacando os desafios que o nosso sistema solar pode enfrentar em escalas de tempo astronômicas.
Embora esses eventos estejam milhões de anos no futuro, o estudo destaca a importância de compreendermos o destino final do nosso Sol e seus impactos potenciais sobre a Terra e outros corpos celestes no sistema solar.
Quando isso acontecer, a Terra se tornará inabitável, mas a questão fundamental é se o próprio planeta conseguirá sobreviver.
De acordo com o estudo de Boris Gaensicke e Amornrat Aungwerijwit, conforme reprodução da revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, sugere-se que mesmo que a Terra se destrua completamente, enfrentará diversas ameaças significativas quando o Sol entrar na fase de anã branca, ou estrela morta.
O nome Sol zumbi vem do comportamento dessa estrela, que, quando está próxima de morrer, também leva o que está ao seu redor.
Sol zumbi é apenas um dos perigos
A equipe realizou observações de três anãs brancas ao longo de vários anos, detectando variações no brilho de cada uma delas.
Essas alterações foram atribuídas à presença de objetos próximos que, ao serem “devorados” pelas estrelas, liberam rajadas de poeira que temporariamente obscurecem os astros.
À medida que asteroides, luas e planetas se aproximam das anãs brancas, a intensa gravidade dessas estrelas desintegra os pequenos corpos planetários em fragmentos cada vez menores, explica Aungwerijwit em um comunicado da Royal Astronomical Society.
Das três estrelas em observação, uma estava em estado estável, porém, se recuperando de uma catástrofe ocorrida há mais de uma década.
A segunda estrela apresentava um brilho lento, mas observações feitas em 2015 revelaram flutuações caóticas.
Enquanto isso, a terceira estrela é a mais enigmática, visto que seu brilho diminui ao longo dos meses. Os cientistas explicam que essas estrelas teriam limpado as áreas ao seu redor durante a fase de gigante vermelha.
Caso a Terra sobreviva à “morte” do Sol zumbi, ela se tornará um alvo muito maior e mais difícil de perturbar do que asteroides e luas.
No entanto, como destacaram Gaensicke e Aungwerijwit, ela seria a sobrevivente mais próxima à órbita interna. Isso reduziria significativamente suas chances de não se transformar em poeira cósmica.
Claro, todos esses acontecimentos levarão milhares de anos até se concretizarem, mas os cientistas estão alertas desde já.
(Fonte: Olhar Digital)