MANOEL SILVA
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, em referência à morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares (em 1695), é feriado oficial em 6 Estados brasileiros. A mais recente Unidade da Federação a adotar a data foi São Paulo, com a Lei nº 17.746, deste ano.
Também será feriado nos Estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro, em cerca de 1.260 municípios, segundo a Fundação Cultural Palmares. Entre as cidades com leis municipais do feriado de 20 de novembro, estão as capitais Cuiabá e Goiânia.
Dia 20 é um dia dedicado à luta contra o preconceito racial, que nos leva concomitantemente a refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
No dia 20 de novembro de 1695, morreu um dos grandes ícones da mudança da história da raça negra: Zumbi dos Palmares, em combate representando a luta do negro contra a escravidão, buscando proteger seu quilombo e lutar pela liberdade de seu povo.
Pensando nesta data, hoje é de suma importância visar à conscientização da cultura do povo africano na formação de nossa cultura nacional, pois os negros colaboraram desde os primórdios de nossa história, tanto em aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos.
Apesar da abolição da escravatura ser oficiada somente em 1888, os negros sempre lutaram e resistiram contra a opressão e as injustiças sofridas.
Sempre houve em nossa cultura a valorização dos “brancos”, e existe até hoje um olhar estigmatizado para com os negros, que sofrem com racismo de muitas pessoas que têm em mente que o que define uma pessoa é a cor da pele.
Nossa população é composta hoje por maioria do grupo étnico de energia de cores pretas e pardas, e devemos buscar a valorização da cultura negra, promulgando a conscientização de nossa sociedade.
Os negros ainda sofrem muito com as marcas do passado, ainda são ofendidos em locais públicos, em redes sociais, agredidos dentre outros tipos de ofensas racistas.
Pensando na sociedade em que vivemos hoje, devemos promulgar a conscientização das pessoas em relação aos negros, pois todos são cidadãos, com direitos e deveres, independente de cor, raça, religião, identidade sexual, etc.
Muitos são os movimentos que acontecem ao redor do mundo, consolidando a conscientização do movimento contra o preconceito racial, podendo citar outros ícones, como: Martin Luther King nos Estados Unidos, que com a famosa frase “Eu tenho um sonho…” lutou pelos direitos dos negros e Nelson Mandela, ganhador do Nobel da Paz, que ressalta: “Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo”.
Para a comunidade negra a força coletiva é um ensinamento ancestral e em comunidade que os fortalecemos! Eu Jornalista negro acredito no poder da transformação através da Educação com muito letramento racial!
Salve nosso povo negro!
Salve nossa ancestralidade!!
Manoel Silva é jornalista e ativista do movimento negro.
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