A construção da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso vai provocar impactos positivos, desde a instalação de indústrias até a melhoria da qualidade de vida da população de 26 municípios, que juntos concentram 41% da produção de grãos no Estado.

Conforme estudos da Rumo, os municípios beneficiados serão Sinop, Vera, Nova Ubiratã, Sorriso, Santa Rita do Trivelato, Paranatinga, Diamantino, Nobres, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Jaciara, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Pedra Preta, São José do Povo, Poxoréu, Primavera do Leste, Campo Verde, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Rondonópolis.

A ampliação da malha ferroviária, de acordo com o projeto da Rumo S/A, vai produzir uma economia em torno de R$ 8,3 bilhões nas despesas de produtores e empresários do Estado entre os anos de 2029 a 2079, período em que a empresa fica autorizada a explorar o modal.

“A chegada dos trilhos vem coroar esse crescimento que nós estamos vivendo nesses últimos anos. Então, é um momento muito importante que marca a presença do Governo do Estado no nosso município. E a ferrovia traz um conjunto de benefícios para toda a sociedade, na questão da geração de empregos e também na verticalização da nossa produção. É um momento impar para o nosso agronegócio, para o comércio, para a indústria, enfim, é o fortalecimento do setor produtivo da região Médio-Norte”, comemorou Altair Marcos de Albuquerque, presidente da Câmara de Vereadores de Nova Mutum.

O contrato de adesão para a construção, implantação e exploração da Ferrovia Estadual foi assinado na última segunda-feira (20.09), pelo governador Mauro Mendes e João Alberto Fernandes de Abreu, da Rumo S/A, em atos realizados em Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.

Assinaram o contrato o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, e o diretor da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager), Wilber Norio Ohara. A Agência será responsável pela fiscalização do andamento dos serviços.

“A ferrovia irá promover inúmeras e significativas mudanças no perfil socioeconômico dessa região. Ganha todo Mato Grosso, nosso setor de logística, empreendedores, todos os produtores e, principalmente, todos aqueles que de alguma forma serão impactados por essa obra. Milhares de empregos serão gerados e na sequencia nós teremos a ampliação de investimentos na indústria e no comércio. Tenho certeza que nós vamos reescrever essa história, que já é tão bela, de desenvolvimento de Mato Grosso, que irá viver um outro momento não só das ferrovias, mas também das rodovias que também estão recebendo investimentos e irão desafogar”, destacou o governador Mauro Mendes, durante passagem por Nova Mutum.

O gerente administrativo da Associação Comercial e Empresarial (Acenm) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Mutum, Rodrigo Rigoni, afirmou, ainda, que um investimento dessa envergadura não beneficiará apenas a matriz econômica da região, que é o agronegócio, mas sim todo o ambiente de negócios que se gera ao redor da ferrovia, como o comércio e a indústria.

“A gente já verifica a rede de varejo brasileira de olho na região do Médio-Norte mato-grossense, como nos municípios de Nova Mutum, Sorriso e Lucas do Rio Verde. Com a sinalização da vinda da ferrovia, empresas de grande e de pequeno porte, de todo o Brasil, já começam a demonstrar interesse em investir aqui na nossa região”, pontuou.

1ª Ferrovia Estadual

Com investimento previsto de R$ 11 bilhões, a nova ferrovia será construída com investimentos 100% privados, da empresa Rumo S/A. Ao Governo do Estado, cabe a autorização para o empreendimento e o papel de fiscalizar as obras e as operações. Os trilhos vão ligar Lucas do Rio Verde e Cuiabá ao terminal de Rondonópolis, de onde a produção poderá seguir até o porto de Santos.

A previsão é que as obras comecem em 2022 e que o trecho entre Cuiabá e Rondonópolis seja entregue em 2025, enquanto a operação entre Lucas do Rio Verde e Cuiabá deve começar em 2028.